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EQUIPE

Equipe editorial composta por três membros:

DIA DO JORNALISTA

"Morre um liberal, mas não morre a liberdade": a luta que persiste.

  “Morre um liberal, mas não morre a liberdade”. Essa foi a frase que redirecionou o Brasil para uma nova terra longe do absolutismo herdado pela Europa, a qual colocou nosso país a caminho da democracia, mesmo que tardia. Assim, no mesmo dia em que o imperador, abdicado do trono, voltava para Portugal; firmava-se também o importante papel da imprensa e do jornalismo para a história no dia 7 de abril de 1831; assim sendo, atualmente, o Dia do Jornalista.

     A história não se constroi apenas com chavões e muito menos com decisões às pressas após uma Noite de Garrafadas, mas sim com lutas e reivindicações diárias. Dessa forma, como profissionais, os jornalistas ocupam um papel importante para representação do Interesse público perante os descaminhos governamentais ou conflitos com o sistema privado. Além disso, o jornalista é, acima de tudo, um farol que dá luz às pessoas dentro da convivência em sociedade, amplifica vozes e questiona quando se é mais necessário. Portanto, com tamanho poder de reverberação, há uma carga de responsabilidade tão grande quanto o alcance que seu eco/ego.

    Com isso, o campus da Universidade Federal de Santa Maria promoveu uma palestra para comemorar e dividir as histórias, dificuldades, lutas e comentar sobre a rotina de quem trabalha e pratica o método jornalístico. Assim, constituíram a palestra os convidados: Solange Prediger, João Ricardo Gazzaneo, Mariana Henriques e Pedro Pereira. 

    Dentre outros assuntos, na entrevista com João Ricardo Gazzaneo apontou algumas dificuldades que o profissional jornalista continua enfrentando com relação a governos autoritários e grandes empresas. Dentre elas, a instrumentalização e subserviência do profissional em razão do grande capital ou de amarras governamentais que, de certa forma, continua até hoje. Contextualizando, no final do período imperial e início da velha república, o papel do jornalista sempre foi um meio de discurso político e defesa de bandeiras ideológicas; A Federação, por exemplo, era o principal meio de divulgação e doutrinação do Partido Republicano Rio-grandense no sul do país, ou o Tamoyo, no Rio de Janeiro. 

    Segundo o entrevistado, sobre o histórico de posicionamento dos meios de comunicação: “É muito menos explícito, mas ainda acontece. Se a gente acompanhar o noticiário, principalmente o noticiário econômico [...] ainda tem alí muito posicionamento que é bem direcionado”. Portanto, embora menos escancarado, o jornalista ainda é uma ferramenta para favorecimento de uma minoria. Continua o entrevistado: “Na política, hoje acaba sendo muito mais uma questão de estratégia de como esse político vai se comunicar [...] dependendo da estratégia que ele usar, vai conseguir muita mídia”. Assim, de certa maneira, o espaço midiático acaba servindo algum político ou o governo, sempre a depender do poder econômico oferecido ou do desvio ideológico dono do meio de comunicação. 

     Portanto, tal subserviência ou instrumentalização do jornalista não pode ser naturalizada nem pelos profissionais, nem pelo sistema empresarial no qual ele se insere e muito menos pelo governo. Assim, Gazzaneo afirma: “Em qualquer projeto de poder autoritário, um dos principais focos sempre vai ser a imprensa. Porque a imprensa é uma das principais ferramentas que a gente tem exatamente para combater esses governos autoritários”. Dessa forma, concluímos atualizando o papel do jornalista para com a história e reafirmando as mesmas dificuldades que os perseguem desde Líbero Badaró, Vladimir Herzog e continua até hoje. Ainda que partam os liberais, sempre deve permanecer a liberdade.

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Foto: Mabel da Rosa

​Vídeo: Laura Pazuche

Vídeo: Laura Pazuche

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Na foto, está direcionado ao lado esquerdo o jornalista João Ricardo Gazzaneo, ao centro a jornalista Mariana Henriques, e a direita o jornalista Pedro Pereira. Foto: Mabel da Rosa

Entrevista com João Ricardo GazzaneoArtist Name
00:00 / 06:32

Especialistas alertam para cuidados

com proteção solar e hidratação

 

Temperaturas deverão ultrapassar a marca dos 40°C na maior parte do Estado nas próximas duas semanas

 

A MetSul Meteorologia alerta que uma nova onda de calor – a terceira que atingirá o Estado desde o início de fevereiro –, será prolongada e muito intensa, afetando uma grande parte do Rio Grande do Sul. As máximas durante as tardes desta semana podem atingir valores próximos e até superiores a 40°C, com maior impacto nas regiões Oeste, Noroeste, Centro, parte da Campanha, vales, Porto Alegre e região metropolitana. Essa onda de calor se estenderá até março, com probabilidade alta de que as temperaturas permaneçam elevadas durante os primeiros dias do próximo mês. A previsão é de que o calor intenso persista, com a expectativa de máximas muito altas, especialmente, até a quarta-feira, dia 5, quando as temperaturas irão superar os 40°C em várias localidades. O Instituto Nacional de Meteorologia já registrou máximas de 36,4°C no sábado, 22, e 38,3°C, no domingo, 23, em Santiago, com tendência de aumento nas temperaturas. Esse calor extremo também se estenderá para o Carnaval. 

 

CHUVAS INSUFICIENTES

 Embora a segunda metade da semana traga aumento de nuvens e pancadas de chuva isoladas, o calor seguirá forte, especialmente nas tardes, favorecendo o tempo abafado e a continuidade das altas temperaturas. A previsão indica que a onda de calor será prolongada, com destaque para o fim de semana, quando a intensidade do calor pode se intensificar, afetando tanto o Rio Grande do Sul quanto áreas dos países vizinhos. Quanto ao volume de água nos reservatórios naturais, a região ainda não enfrenta problema de falta de abastecimento de água. Segundo a Superintendência da Corsan de Passo Fundo, que atende os municípios do Médio Alto Uruguai, não há risco de desabastecimento, mas a orientação é para que ocorra o consumo de forma consciente. Em Frederico Westphalen, a transposição do rio Fortaleza foi acionada em janeiro, reforçando a capacidade do sistema para atender o município e também a cidade de Caiçara. 

 

AUMENTO DE CASOS DE GASTROENTERITE

 Em virtude do excesso de calor é comum o aumento da procura por atendimento médico de pacientes com doenças típicas de inverno, como a gastroenterite, que atinge, com maior ênfase, crianças e idosos. A doença é uma inflamação do estômago e dos intestinos, que pode ser causada por vírus, bactérias ou parasitas, causando sintomas como diarreia, vômitos, febre, cólicas abdominais, náuseas, desconforto abdominal, entre outros. O Hospital Divina Providência (HDP), de Frederico Westphalen, registrou, no mês de fevereiro, grande demanda de pacientes idosos e crianças devido a casos de gastroenterite. Cerca de 80% dos atendimentos realizados na casa de saúde durante o mês de fevereiro foram relacionados a esta enfermidade típica de verão.

 

CUIDADOS 

Os órgãos de saúde alertam para os cuidados, que devem ser redobrados, durante a onda de calor, principalmente, com crianças e idosos. Beber água regularmente é um deles, mesmo se a pessoa não sentir sede. O uso de protetor solar também é necessário e, se possível, evitar a exposição entre 10 horas e 16 horas.

Notícia retirada do Jornal O Alto Uruguai

Feriado de Páscoa foi trágico para as mulheres no RS

Estado registrou 10 feminicídios no feriado prolongado

Matéria retirada do canal de comunicação Grupo Chiru

MEC divulga aprovados na 1ª chamada do Pé-de-Meia Licenciaturas

O resultado final da primeira chamada do programa Pé-de-Meia Licenciaturas foi divulgado, na última segunda-feira, 14 de abril, pelo Ministério da Educação (MEC). A consulta pode ser feita no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Notícia retirada do canal de comunicação Grupo Chiru

Informações Pé de MeiaArtist Name
00:00 / 01:44

Safra gaúcha de grãos deve atingir 36,34 milhões de toneladas, estima Conab

Levantamento da estatal aponta queda na produção de soja e aumento nas produções de arroz, feijão, milho e trigo.

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou, na quinta-feira, 13 de março, que o Brasil pode alcançar um novo recorde na safra de grãos. O 6º levantamento da safra 2024/2025 projeta um volume de 328,31 milhões de toneladas, um aumento de 10,3% (30,56 milhões de toneladas) em comparação à safra anterior. O crescimento da produção e produtividade, especialmente para soja, milho e arroz, somado a um aumento de 2,1% na área plantada, é atribuído à conjuntura mercadológica favorável e à expectativa de condições climáticas mais adequadas ao desenvolvimento das culturas.

No Rio Grande do Sul, a produção deve atingir 36,34 milhões de toneladas, uma redução de 1,3% em relação à safra passada. O estado se mantém na posição de terceiro maior produtor de grãos no país, atrás de Mato Grosso e Paraná, seguido por Goiás. Já a área plantada está prevista em 10,45 milhões de hectares, um aumento de 0,3%. A queda na produção foi motivada pela estiagem, que impactou principalmente a cultura da soja. No entanto, há perspectiva de excelente produção nas safras de arroz e milho.

Durante o levantamento, realizado no final de fevereiro, a estiagem persistia no estado. As lavouras foram impactadas por chuvas irregulares e mal distribuídas, com temporais associados às altas temperaturas, o que gerou a escassez de precipitações significativas, afetando reservatórios de água. “O nosso estado, que produz 11% da safra nacional de grãos, enfrentou novamente desafios climáticos que impactaram negativamente a cultura da soja. No entanto, o 6º levantamento apresenta perspectivas positivas para as safras de milho e arroz, o que representa um benefício significativo para o estado e para o Brasil, dado que o Rio Grande do Sul é o principal produtor nacional de arroz e de milho 1ª safra”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os números da safra gaúcha

Arroz e feijão – A produção de arroz deve atingir 8,3 milhões de toneladas, um aumento de 15,9% em relação ao ciclo anterior. A área plantada está estimada em 951,9 mil hectares, com crescimento de 5,7%. A expectativa é de aumento da área cultivada em todas as regiões produtoras, especialmente na Sul e na Fronteira Oeste, devido à boa rentabilidade da cultura no momento do plantio, ao bom volume de água nas barragens e rios durante o plantio e à possibilidade de preparo antecipado das áreas, o que favorece boas produtividades.

A produção de feijão deve alcançar 76,9 mil toneladas, um aumento de 7,3%. A área plantada está prevista em 48,5 mil hectares. O cultivo de feijão cores da 1ª safra está concentrado no Planalto Superior, onde se utiliza de bons pacotes  tecnológicos. A semeadura começou em dezembro e foi concluída em janeiro. Mais de 60% das lavouras estão no enchimento de grãos e 30% em florescimento. Embora a estiagem tenha impactado o desenvolvimento, as condições climáticas na região foram menos severas, e as lavouras ainda apresentam bom potencial produtivo.

 

A semeadura do feijão preto da 2ª safra continua no estado. Iniciada em janeiro, a operação avançou lentamente até fevereiro, quando as chuvas melhoraram as condições do solo, permitindo um aumento rápido da área semeada, que atingiu 88% no final do mês. No Planalto Médio, que é a principal região produtora, as expectativas são boas, especialmente devido à alta proporção de lavouras irrigadas. Nessa região, 90% da área foi semeada, 20% está em emergência e 80% em desenvolvimento vegetativo.

Soja – A produção de soja está estimada em 17,1 milhões de toneladas, uma redução de 13,2% em relação à safra anterior, posicionando o estado como o 4º maior produtor da oleaginosa, atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás. A área cultivada deve aumentar para 6,84 milhões de hectares, com um incremento de 74,4 mil hectares (1,1% a mais que na safra 2023/2024).

As lavouras de soja continuam sendo afetadas pela falta de chuvas regulares. As semeadas mais tarde sofreram prejuízos significativos, com perdas que podem ser irreversíveis. A estimativa de produtividade é de 2.495 kg/ha, uma redução de 7,5% em relação ao levantamento anterior, 16,1% abaixo da estimativa inicial e mais de 30% em relação ao potencial da cultura.

Milho – O RS é o maior produtor de milho 1ª safra. A semeadura foi concluída, e a colheita já ultrapassa 80%. A produção está prevista em 5,5 milhões de toneladas, um aumento de 13,7%. A área plantada pode chegar a 719,6 mil hectares, uma redução de 11,7%. A estimativa de produtividade média foi ajustada para 7.664 kg/ha, um aumento de 16% em relação ao mês anterior. Embora as lavouras ainda no campo tenham apresentado perdas, as lavouras já colhidas possibilitaram esse incremento. Apesar dos resultados positivos, algumas lavouras apresentaram perdas consolidadas devido à estiagem.

Trigo (safra 2025) – O estado gaúcho é o maior produtor de trigo no país. Para a safra de inverno de 2025, a produção deve crescer 4,4%, chegando a 4,1 milhões de toneladas. A área cultivada está prevista em 1,29 milhão de hectares, uma redução de 3,8% em relação ao ciclo de 2024. A produtividade média estimada é de 3.172 kg/ha. Os dados para o trigo, que será implantado por volta de maio, são baseados em modelos estatísticos e análises de mercado.

*Informações Ascom/Conab 

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Fotos retiradas da internet

Definindo destinos: Como os aplicativos de mobilidade urbana oferecem segurança para as mulheres?

Na estrada

Apesar dos aplicativos de transporte serem uma alternativa para conquistar uma renda extra, muitos ainda não oferecem seguro de vida e nem segurança no trabalho. Casos de assédio, acidentes e infrações de trânsito são, geralmente, responsabilidade do motorista. Com isso, os obstáculos são ainda maiores com as mulheres que trabalham em aplicativos de carona. Diversos casos de importunação sexual e perseguição foram registrados em nas delegacias do Brasil. Já nos Estados Unidos, a plataforma Uber registrou mais de 3 mil denúncias de assédio sexual envolvendo motoristas ou passageiros. Assim, muitas mulheres ainda não se sentem seguras ao confirmarem uma carona masculina, e dessa forma, o medo segue sendo o principal companheiro de viagem. 

Segundo o site Violência contra as Mulheres em Dados, 81% do público feminino já sofreu algum tipo de violência no deslocamento urbano, sendo os meios mais inseguros o trem, o ônibus e a caminhada. Outros dados da pesquisa também apontam que 69% das mulheres já foram alvo de olhares insistentes e cantadas inconvenientes ao se deslocarem pela cidade, e 35% já sofreram importunação/assédio sexual. Sob esse contexto, muitas mulheres possuem rotinas mais complexas, logo se deslocando com mais frequência por conta da rotina. Motivos como o trabalho e a família são os de maior enfoque. Portanto, esses fatores expõem, com mais frequência, as mulheres aos perigos e vulnerabilidades do espaço público e do transporte coletivo, o que aumenta as situações de risco.

Com isso, alguns aplicativos de carona pretendem diminuir esses números de violência e insegurança dos motoristas, especialmente entre mulheres. A plataforma Uber, por exemplo, reconhece o problema e tem implementado medidas de segurança para combater o assédio e a violência, como campanhas de conscientização e ferramentas de denúncia. Além disso, a empresa passou a oferecer a opção de preferência por motoristas do mesmo sexo para passageiras.

 

Lady Driver

Gabryella Correa nunca imaginou que, em um dos seus trajetos comuns dentro de carros de aplicativo, iria definir a próxima mudança de rota em sua vida. Durante uma corrida, Gabryella foi vítima de assédio,  que apesar das marcas, também acendeu uma faísca de esperança e revolta. Assim, no ano de 2017 – São Paulo –, das marcas nasceu a ideia: criar um serviço de transporte específico para mulheres, visando diminuir esses eventos traumáticos em outras mulheres. A proposta oferece um espaço no qual tanto passageiras quanto motoristas possam circular sem medo em um país onde mais de 90% das mulheres relatam ter sofrido assédio em transportes públicos ou por aplicativo. 

Porém, mesmo que apenas mulheres possam solicitar corridas e somente motoristas mulheres possam dirigir, a inclusão vai além disso: pessoas transexuais que se identificam como mulheres também são bem-vindas, desde que estejam registradas com nome social; crianças entre 8 e 16 anos e idosos acima dos 65 também podem ser transportados por motoristas treinadas especialmente para isso.

 Pela força das participantes e respeito às regras que movem o aplicativo, hoje, o Lady Driver já está presente em mais de 200 cidades brasileiras, com mais de 55 mil motoristas cadastradas e mais de 1 milhão de downloads. Consequentemente, em 6 anos de funcionamento do aplicativo, não houve nenhum registro de incidentes entre motoristas e passageiras. Portanto, o Lady Driver é um movimento de resistência e segurança no caminho e trabalho de cada mulher.

 

 

 

 

 

 

 

 

Em Frederico Westphalen

Em Frederico Westphalen, a preocupação com a segurança e o bem-estar das mulheres também têm ganhado espaço no setor de mobilidade urbana. Seguindo a mesma proposta de iniciativas como o Lady Driver, o município conta com aplicativos exclusivos para o público feminino, como o ROTA 77, Pop Move e o Garupa Mulher. Essas plataformas foram desenvolvidas para oferecer um ambiente mais seguro e acolhedor, onde mulheres podem solicitar corridas e são atendidas por motoristas do mesmo gênero. A presença desses serviços na cidade representa um avanço importante na proteção e no respeito às mulheres em seus deslocamentos diários.

Entrevistamos a motorista Marta Kempka, representante do Garupa Mulher em Frederico Westphalen, onde já trabalha há oito meses. Marta traz para esta reportagem uma visão interiorana e regional acerca da segurança com as mulheres e sobre sua própria rotina de trabalho como motorista, mas também destaca os desafios enfrentados diariamente por quem dirige e por quem depende do aplicativo na cidade.

Vale ressaltar uma declaração de Marta durante a conversa (texto em destaque logo abaixo) que exemplifica a confiança que as mulheres produzem em outras mulheres, principalmente, nesse ramo de trabalho e entrega de serviço. Assim sendo essa troca de confiança comum tanto em uma metrópole como São Paulo (início da Lady driver), quanto em uma cidade no interior do Rio Grande do Sul.

“As mulheres têm essa confiança maior em nós motoristas mulheres; a gente sente isso, algumas relatam para nós também. Então, até em questão de quando uma mãe vai pro trabalho e não pode levar a filha no curso, não pode levar no inglês ou não pode buscar na escola; (as mães) nos chamam [...] pedem para que seja uma mulher ou me chamam também no whatsapp. E dizem assim: “Você pode pegar minha filha?” e a gente vai e busca a criança na escola ou num curso e leva para casa. Elas (as mães) relatam para nós que elas se sentem mais seguras em ser mulher”, relata Marta.

Marta destaca como a presença de uma motorista mulher pode gerar um sentimento imediato de alívio e confiança para as passageiras.  Esse sentimento reflete para todos os lados, seja em uma carona para si mesma ou para um familiar. Embora os aplicativos de transporte estejam adotando medidas para coibir casos de importunação, o fator decisivo muitas vezes continua sendo a segurança proporcionada pela escolha do condutor. Em tempos em que o valor da corrida pesa menos que o valor da vida, garantir um trajeto seguro é o que realmente importa.

Você já utilizou algum transporte de aplicativos de mobilidade urbana? 

Imagens e captação audiovisual: João Vicente Magalhães

Imagens e captação audiovisual: João Vicente Magalhães

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